quarta-feira, 24 de junho de 2009

na frente do PC (re-lembrando os velhos tempos de arte-finalista gráfico)


(arte que fiz para uma Dj Flavia Liss)

Adoro retrabalhar imagens no pc, deve ser daí o velho gosto em ficar horas usando ferramentas gráficas de edição, abaixo dois exemplos a que gosto muito deste ócio tão criativo, que inicei por acaso (quando passei a utilizar minha experiência de photoshop para ajudar alguns amigos que estavam em apuros por causa de trabalhos inacabados e prazos apertados, até que me vi fazendo isso em casa e ganhando um troco até, rsrsrs) hoje se tornou um verdadeiro deleite, afinal mudam-se as ferramentas, os estilos e sentidos, mas a linguagem e o prazer de fazer "coisas" gráficas permanece sempre...hehehe.

(banners que fiz para meus doi blogs) o de poesia: http://sansara-sabialoucura.blogspot.com/


(o novo banner do site)


(e o antigo)


(o novo deste site)


(e o antigo).

terça-feira, 23 de junho de 2009

Desenho...Dom , Talento Inato ou muito Trabalho?

Sempre ouço as pessoas me dizerem que tenho um dom para o desenho, que desenhar é coisa para poucos, e coisas do tipo... como se o artista fosse um ser mágico que dele emana-se poderes ou qualidades metafísicas oriundas de uma linhagem singular ou mesmo do que as pessoas consideram por divino.
Poderia brincar de defender esta "tese" absurda mostrando estes desenhos abaixos, de alguns familiares que sempre tiveram alguma relação com alguma forma de expressão:


(auto-retrato de meu tio Toninho, artista plástico e hoje cenógrafo)


(Leonardo da Vinci desenhado por meu pai João Neto, programador aposentado, mas que sempre gostou de escrever e que desenhava muito na infâcia e adolescência).

Mais isso só seria um pretexto se eu não colocasse o outro lado da história com por exemplo:


(Bailarina desenhada por minha mãe Nadir,Terapêuta e esteticista que nunca viu finalidade para as artes, e que sempre me perguntava, quando me via muitas horas na prancheta... - Tá bonito, mas pra que serve isso?)


Eu acredito que devamos ter algum tipo de predisposição a certos tipos de inteligências e atividades mentais, e que cada pessoa deva ter a sua: pois muitos se dão bem com a área das ciências exatas entanto que outros aquilo soa ao mais sombrio dos pesadelo.

Um exemplo a que me percebi muitas vezes foi de pessoas ingressarem na música sem a menor aptidão ou gosto pela coisa (apenas porque achava bonito e coisas do gênero) mas que não "tinham" ouvido pra reconhecer a diferença de um (G)SOL para um (Bb) SÍ Bemol, ao contrário de outros (como um velhinho a que ouvi dizer que uma vez ouvindo uma Banda ensaiar logo percebeu a desafinação imperceptível da guitarra em meio a uma infinidade de outros instrumentos tocados juntos, o grupo parou o ensaio o guitarrista observou a afinação e contatou que realmente a corda (D) Ré esta realmente desafinada). E não é que o velhinho não estava enganado, incrível não?

Há um ditado popular que diz que Deus nos concede o guarda-chuva conforme a tromba d'agua(algo do gênero se não me lembro..rsrsr )mas ainda assim o engraçado entretanto é que se você pedir pra qualquer adulto desenhar ele vai ficar encabulado, vai resmungar e no máximo se verá uma casinha de pauzinho no meio da folha, ao contrário da criança, que logo vê um pedaço de papel em branco logo sai rabiscando.


(desenhos de minhas irmãs menores Júlia e Diana)


Por que será que isso acontece?

Crianças são mais receptivas a qualquer forma de expressão, afinal estão livres de qualquer preconceito estilístico ou erudito que as impeça de se expressarem (ao contrarário dos adultos) eles querem somente se divertir e brincar, o desenho entra nesta fase bacanado desenvolvimento em que elas estão descobrir o mundo.
O problema surge quando a criança começa a comparar o que ela faz com outros estilos e tipos de desenho, e acaba achando que desenhar não é mais o que ela fazia antes (que achava agora já feio), mas sim representar as figuras que ela agora vê na Tv, nas revistinhas (que parece ser mais o que é mais usual e bacana).
Dali pra frente, ela segue por três caminhos distintos:

Desenvolve aptidões técnicas para representar as novas figuras (por meio da cópia e se der sorte consegue aplicar aquilo no seu antigo modo de se expressar).
Desisti de vez representar aquelas figuras complexas e segue com sua propria maneira de desenhar (agregando aos poucos os estilos de linguagem no seu desenho, como aconteceu comigo).
Ou ainda desisti de vez de desenhar diante da frustação de se sentir incapaz de reproduzir fielmente a figura desejada e nunca mais torna a este tipo de linguagem ou forma de expressão( eu mesmo me lembro de como ficava frustado quando não conseguia desenhar um Pato Donald ou o a Mônica, e logo deixava aquilo pra fazer meus monstros, robôs e caminhões de quarenta rodas, rsrsr).



(Alguns esboços meus editados no computador)

Afinal o que distingue um desenho bom de um ruim, por que um desenho meu mais técnico pode ser melhor que o rabisco muito mais sincero e expressivo de minha irmã menor?
Se todos são formas de expressão, não existe certo ou errado. Pode-se analisar conforme padrões estéticos ou técnicos, e avalialos segundo estes padrões, contudo expressão continuará sendo sempre expressão... afinal cada pessoa possuirá sua própria forma de se expressar e para isso não há julgamento.


Apesar disto, acho bastante interessante a definição de desenho a que ouvi de um amigo e professor de pintura que tive...Ele dizia, que desenho não é dom, desenho é resultado direto de esforço e muito trabalho. Isso faz certo sentido pois quantas vezes quando estudei desenho em escolas de arte e via pessoas talentosas e com aptidões incrivéis produziam trabalhos medíocres ou próximos do que estavam acostumados a fazer, enquanto outros mais esforçados e "menos" talentosos evoluiam bem mais na linguagem e superavam a sí próprios.

Por isso mesmo, ao invés de explicar e trazer uma definição minha, prefiro deixar esta discussão aberta para que cada um tire a conclusão que achar mais apropriada e proveitosa, pois quanto menos dismistificado o desenho for, melhor será para aqueles que produzem, para aqueles que estudam e também para aqueles que se divertem, apreciam ou tem vontade de aprender.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Gioconda, Leonardo, meus retratos e o bom e velho Photoshop) o que isso tem a ver?

As vezes quem vê um trabalho acabado numa revista mal sabe o trabalho que deu pra quem produziu chegar ao aquele resultado final já impresso.
Exceto para aqueles que produzem ou mesmo aficcionados como eu, muitos desconhecem o processo de trabalho de um desenhista (já cheguei até a ouvir o despropósito de que ninguem mais desenha hoje em dia, que é tudo feito direto no computador, que esta profissão esta com os dias contados...hehehe) por isso mesmo para aqueles que gostam de ver exatamente o que rola nas entre-linhas vão gostar bastante do que posto a seguir.
Este desenho foi baseado na foto de uma amiga minha, que aos poucos fui estilizando até chegar no resultado que queria. A princípio...pensei em acaba-lo da maneira mais fotográfica possivel, mas logo no esboço vi que o desenho podia ganhar mais e render melhor( digo ia aproveitar muito mais ele pra estudar e testar processos gráficos) se eu procura-se abastrair um pouco da forma, e encontra-se uma linguagem mais simples (que possui-se menos elementos gráficos) para retratar a mesma pessoa em questão de uma outra maneira.

O mais legal e surpreendente é que o desenho ganha corpo a medida que o processo vai evoluindo, e no final se transforma em outra coisa, e ainda se transforma em outra quando passa pelos olhos do público e ou da crítica.

Um exemplo bacana a que posso dizer, trata da Gioconda de do pintor e cientista italiano Leonardo, seu serviço era retratar a mulher de um burguês, e ele fez com tanta maestria que no final conseguiu com uma simples proposta, colocar aquele retrato entre as obras mais conhecidas da pintura clássica em todos os tempos, a famosa Mona Lisa (pra quem ainda não lembrou).que todos de nós já deve ter visto pelo menos de relance uma única vez na vida.


Gioconda de Leonardo

A quem diga que o sucesso da obra se deva ao sorriso enigmático da figura retrada, misto de emoções diferentes num mesmo rosto, a quem diga também que é um auto-retrato do pintor feito de maneira androgena (pois alguns livros apontam para a suposta e inverossímel homosexualidade do pintor, que sempre viveu sozinho entre seus atelies, hora aprendendo com mestres hora junto de seus discipulos).
Já os estudiosos de arte e pintura falam muito a respeito da técnica empregada no quadro, uma veladura de milhares de camadas bem suaves e quase imperceptiveis.
Os historiadores por outro lado, poderiam falar a respeito da importância historica da tela pois reflete a ruptura do obscurantismo medieval (de quase mil-anos) para o subsequentemente redescobrimento das ciências e das artes clássicas pelo movimento renascentista italiano.

Seja pelo aspecto técnico, cultural, artístico ou histórico vale a pena conferir a famosa tela e também o fabuloso trabalho deste mais que talentoso artista que inveredou também em outras áreas do conhecimento humano como a biologia, a anatomia, a hidraulica, a mecânica entre muitas outras.

Leonardo desenhado por ele mesmo.

Galeria de imagens com os trabalhos de Leonardo.
http://www.ocaiw.com/galleria_maestri/gallery.php?id=863&catalog=pitt&lang=pt


Abaixo o processo de feitura de uma ilustração a que mencionei...há pouco.


(Conceito)ou motivo, idéia.
Tempos atrás queria retratar um momento que estava vivendo, tempo este meio melancólico e triste (não que eu seja destes pragmáticos pessimistas que detestam o viver)mas sempre aprendi muito em momentos como esses em que estamos mais sensíveis as bordoadas da vida.
Por acaso encontrei a foto a seguir (que remete claramente o sentimento que procurava retratar) a seguir me lembrei que devia um retrato fazia uns três anos a minha amiga Kamilah (agora da foto)então pensei pq nao juntar a fome com a vontade de comer.

(A escolha da referência certa)
Quando o trabalho segue uma via menos "iventiva" a fotográfia pode ser uma boa pedida pra quem não tem paciência, tempo ou modelo, para ficar parado em algum lugar desenhando. O bacana é escolher uma foto com composição pictoria boa, e que além de uma boa plástica (digo lua e sombra, enquadramento) possa ser de uma imagem que remeta algum coisa, seja em forma de sentimento, idéia ou conceito, pois retratar uma pessoa dando aquele sorriso de "x" falso acaba não tendo muito sentido.


(primeiro esboço para trabalhar a idéia.)
Nesta fase procuramos conceber o trabalho, estabelecer a figura no plano e no espaço em que vamos trabalhar como tambem definir a cara que o trabalho vai seguir, pelo menos conceitualmente.



(desenho acabado depois da arte- final )
Nesta hora depois de estabelecida as partes principais que o trabalho necessita: como composição, ritmo, anatomia, perspecitva, luz e sombra vem a hora de escolher a maneira gráfica que o trabalho seguirá, neste caso aqui saí de um esboço bem voltado para a fotográfia em sí, e fui sintetizando os elementos da imagem procurando dar uma cara mais gráfica ao desenho.


(arte acabada depois de colorização).
Corresponde a ultima parte do processo, nesta hora escolhe-se a paleta de cores que será utilizada na imagem e a sensação ou sentido que procuramos dar com isso, escolhe-se a luz certa (que já deve estar delimitada no esboço e na arte-final) e em seguida segue-se o processo normal de colorização no computador através de softwares próprios, acrescentando efeitos e texturas até chegar ao resultado desejado.





(Conclusão)
Esta acaba sendo a parte inerente ao processo que muitos nem se apercebem dele. Depois de tudo acabado refletimos a obra e a analisamos, procurando vislumbrar o que viria a seguir, pois uma obra sempre seguirá a outra. Afinal o que não conseguimos expressar nesta (ou se o conseguimos) servirá de bagagem e experiência para os trabalhos posteriores.

Espero que tenham gostado do B-A-Bá, (sei que muitos estão até escalpelados de saber...heheh)mais foi legal escrever este aqui, até o proximo post.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

esboços para marcos franco (o bahiano que quebra tudo)

Por incrível que pareça mesmo com dezenas de artistas nossos publicando lá fora, desde Angeli, Laerte e outros até passar pelos brasileiros que desenham há anos (títulos importantes no mercado editorial americano de super-heróis como Ivan reis (titular da Action Comics), Greg Tochinni (desenhando Odyssey pela Marvel), Roger Cruz (titular da Xmen-first class), Mike Deodato, Joe Bennet entre outros), passando pelos gêmeos que ganharam o Will Eisner (uma das grandes premiações em quadrinhos de nível exterior) pelo seu "Umbrella" entre muitos outros artistas que tem publicado no mercado nacional ou internacional (como o álbum "Judas Kiss" de meu amigo Jefferson Costa que tem recebido bons elogios pela crítica especializada americana e torço para que seja um sucesso e para que venham mais depois destes)... muito pouco se mudou no panorama da nona arte aqui no Brasil...mas começo a ter esperança de dias melhores, pois talves um dia mude (esperamos), pois creio que a possibilidade de mudança esta em nós em tomar iniciativas próprias como a destes artistas, que ao invês de sempre ficarem falando mal do quadrinho nacional resolveram responder com seu trabalho (inserindo um novo contexto ao cenário a que estamos acostumados e também trazer pra outro patamar o Quadrinho brasileiro no cenário internacional).

Mesmo assim fico muito gratificado em ver toda esta nova safra de artistas brasileiros quebrando tudo não só lá fora como aqui também, afinal tudo isto vem corroborar a qualidade de nossos artistas nacionais e incentivar toda uma nova geração a insistir neste caminho.


(Lagarto Negro personagem de Marcos Franco)

O quadrinista bahiano e amigo Marcos Franco , se encontra dentre uma destas raras pessoas,que ainda acredira que é possivel fazer historias em quadrinhos aqui no Brasil. Afinal nem eu imaginava...nos quatros cantos deste país gente existissem pessoas determinadas como ele mostrando a cara e expressando uma arte tão esquecida e desprestigiada como aqui.

A seguir dois esboços que fiz para ele estou aprontando pra finalizar...

(Redentor)


(Penitência)


(Falta o do lagarto negro eu lembro que fiz mas nao lembro onde é que coloquei ele, putz...onde estava mesmo?...achei rsrsrs)

terça-feira, 9 de junho de 2009

De volta a prancheta (retratos segunda parte)



Ouvi uma vez de grande atleta, que mais dificíl que chegar ao topo, é se manter no topo.
Pode parecer papo de coruja o que estou falando, mas muitas vezes para o artista que chega a determinado nível técnico e artístico, chega a ser quase natural se engessar um pouco e meio que se acomodar a com os resultados obtidos, nao procurando mais o refinamento e o amadurecimento do próprio trabalho.
Passei por isso diversas vezes, e também observei na vida de artistas que admiro e respeitado esse hiato na produção (me chega a lembrar aquelas bandas que estouram com o primeiro disco, mas entram em crise diante da produção seguinte), eu via artistas excelentes demais que diziam que não conseguiam nem ver uma folha de papel.

(páginas de uma hq que estou produzindo)



Eu mesmo algumas vezes ficava meses sem ter a mínima vontade de sequer pensar em desenhar,só com a idéia já chegava a passar mal (rsrrs).
Engraçado, para não dizer trágico...mas como diria o livro hebreu dos provérbios: " há tempo para todo propósito debaixo dos céus".
Há verdade é que um tempo para avaliar os trabalhos em sí acaba sendo mais proveitoso do que seguir em frente produzindo trabalhos medíocres sem refletir no processo e amadurecer a obra, pois um grande pintor que tive contato me disse uma vez que o amadurecimento do trabalho artístico é resultado direto do amadurecimento pessoal como individuo e ser humano.
Sempre me questionei a respeito desta frase, mas parece que só agora a ficha começou a fazer sentido.
Por este mesmo motivo, de um ano e meio para cá tenho retomado a produção frenética de outrora(não tanto como antes de chegar a desenhar 16horas por dia)mas algo mais sadio e divertido.
Afinal de que adianta ter o maior refinamento estilistico e virtuosismo técnico quando não temos nada a dizer, quando estamos vazios de sentimentos, expressão, experiência e sensibilidade?
Em visto disto os trabalhos que se seguem são resultado deste processo que acredito que todo artista passa, do purismo técnico para o expressionismo lívido, espero que aproveitem a boa fase, rsrrs.

Produzi estes retratos abaixo para amigos e pessoas a que gosto muito, a maioria feita com referência fotográfica e realizada em pouquíssimo tempo, como eu mesmo disse as vezes o felling do momento acaba soando mais agradável do que horas de firulas na prancheta, kkk.

(As imagens abaixo são de minha amiga Luana Câmara, o retrato abaixo veio decorar o quarto dela)ficou massa demais.



(uma pinup que fiz de memória tentando relambrar a fisionomia dela).




(Abaixo algumas releituras que fiz dela de maneira mais estilizada, tipo pesonagem de cartoon) geek total meow.



(Esse cara abaixo é o meu irmão dá pra crer? Fazia tempo que não fazia algum trabalho relacionado a alguem da familia, foi divertido de fazer e ainda mais gostoso ouvir os elogios dele dizendo que não precisava...ainda vou sentir falta deste desenho).






A garota abaixo é a Kmilah uma amiga minha da cidade de são josé dos campos, conheci ela pela internet por acaso e já tem três anos que nos falamos e alguns anos que prometi o desenho postado abaixo, parece que ela curtiu o resultado eu mesmo fiquei surpreso quando acabei, o ritmo do trabalho esta bastante agradável(vai ver é resultado das aulas de pintura que tive no passado, rsrsrrs,).
Diz que não lembra a mary jane watson do spiderman? (nao sei porque me remete ao desenhista david mazucchelli a que gosto muito (vai entender)?




Quando tiver mais tempo prometo postar coisas novas, as gavetas estão cheias mas estou sem tempo para colocar o material e editar...então já viu!