sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

tosquera ao extremo ou desenvolvendo a pegada?

Por muito tempo eu não entendi o pq da tosquera nos trabalhos de muito artistas dignos de honrosa menção...
Vai ver era aquela velha mania de aficcionados por hq's ( história em quadrinhos ) que estão desde moleques estão mais q bitolados em arte-final a nankin e colorização por computador, aquela idéia vaga de que tudo precisar estar bem acabado e finalizado nos moldes dos quadrinhos dos gringos, pq afinal o que os outros vão pensar... será que um desenho toscamente acabado teria algum sentido ou mesmo finalidade?


(Desenhos em canetinha de meu sketchbook de mil novecentos e trá-lá-lá).


O tempo passou e nos anos em que estudava pintura me perguntava a respeito equanto observava fascinado o trabalho de artista como: do ilustrador brasileiro Brücke Caribé e do asrtista plástico Victor Muniz(que usam materiais incomuns em seus trabalhos como durex, lantejoula, brinquedos, café e por aí vai) o quadrinho de alto nível de Bill Sienkiewicz (que passeava pelas mais diferentes linguagens e técnicas), passando pelas pinceladas alucinantes de Lucian Froid e Vicent Van Gogh (que trabalhavam as matizes e tintas numa maneira mais crua porem nao menos bela, técnica e expressiva.
A verdade é que para minha surpresa meus próprios trabalhos acabaram perdendo a noção que eu próprio achava que deviam ter e acabaram adquirindo uma ritmo mais vigoroso, expressivo e verdadeiro.
O que aprendi com isso tudo? Como quase tudo tem seu lado bom e ruim, as vezes o que digo aqui pode acabar sendo entendido de maneira equivocada para dar margem a preguiça e a lambança, mas de certa forma pude redescobrir os materiais e conseguir extravazar minhas loucuras duma maneira bem mais sincera e coerente em meus trabalhos do que seguir os velhos modelos pre-concebidos que tanto atrapalharam meu desenvolvimento artístico e a despeito do que achamos certo ou errado na feitura da "arte".